Para um bom entendedor, todo desastre é sinal

...ou “Réquiem para Docilidade”

Depois de exatos 25 anos, o rosto do seu primeiro amor estampava a notícia sensacionalista na capa do jornal. Seu reconhecimento trouxe uma série de questões existenciais. Instantaneamente, lembrou das tardes que passavam dependurados no orelhão. E do beijo que nunca concretizou...
Ela e o atual marido haviam sido mortos pelo PCC. Do carro, só restou o bebê. Eu estava prestes a terminar de escrever o primeiro livro. Mas, a poesia foi enterrada. Mostrei o periódico para o meu filho e pensei em quão diferente a vida poderia ter sido. Decidi voltar minha atenção para o que é essencial e largar a política.


Para ler ouvindo:  “Sonho de Garoto” – Cascadura


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