“Peles” de Eduardo Casanova (2017)

Se a sociedade global não estivesse tão obcecada com as aparências e com a ostentação de uma vida perfeita nas redes sociais, não haveria espaço para o desenvolvimento de um filme como “Peles”. O primeiro longa-metragem do diretor espanhol Eduardo Casanova escancara, de modo cruel e pervertido, a lógica do mundo atual, que trata as diferenças entre as pessoas como verdadeiras doenças.


Na película, tudo é exagerado e as histórias de diversas personagens de corpos deformados se entrelaçam para chocar e nos atirar em uma profunda zona de desconforto. Caso tenha estômago fraco, não assista nem o trailer abaixo:


“Peles” é recomendado para fãs de Tim Burton e Pedro Almodóvar. O cuidado extremo com a maquiagem, a direção de arte e a trilha sonora indicam que um novo talento do cinema autoral pode estar surgindo.
O universo insano do diretor também pode ser conhecido em curtas como “Eat my Shit”, que inclusive antecipa a apresentação de uma as personagens de “Peles”, ou do intenso e explícito “Na Hora do Banho”.

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