Foi divulgada ontem uma pesquisa que aponta um percentual de 64% de confiança da elite brasileira na mídia. Entretanto, como comunicador formado, preciso esclarecer alguns fatos:

2 - A "elite brasileira" (formada por 150 pesquisados) não é qualificada para julgar o trabalho da mídia por estar alienada de critérios como edição e seleção, entre outos, que compõe a base do jornalismo, função que busca, porém jamais encontra a imparcialidade total dos fatos.
3 - A crença nos meios de comunicação, de acordo com a própria pesquisa, está relacionada diretamente ao grau de subdesenvolvimento dos países, uma vez que acima do Brasil na terceira colocação, estão apenas o México (66%) e a Índia (65%), ambos países em desenvolvimento.
4 - Estar acima de empresas, ONGs, instituições religiosas e governo, no entendimento de alguns poucos, não é nenhum mérito já que, a comparação envolve apenas entidades que possuem falhas inerentes às suas composições.
5 - A empresa de Relações Públicas que realizou a pesquisa, chamada Edelman, existe não só com o propósito do lucro, mas também para criar uma situação favorável ao investimento e a propagação de marcas. Segundo seu site: "Sim, Relações Públicas é a maneira mais inteligente e eficaz de construir uma marca. E com a ajuda dela que a sua marca ganhará a projeção e a credibilidade que merece."
Poderíamos continuar apontando outros inúmeros aspectos sobre a deformação da informação em pesquisas como esta, mas o fato é que isto é apenas um exemplo do que acontece rotineiramente em empresas de comunicação para que os leitores deste site desenvolvam um pensamento crítico sobre o que lêem ou assistem na mídia.
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