A farsa da pesquisa e a confiança cega

1 - O critério "confiança" utilizado na pesquisa é totalmente subjetivo. Confia em quê especificamente? Que os produtos anunciados são bons ou que o jornal só fala a verdade? De qualquer forma isso só pode ser dito por alguém que desconhece os parâmetros da comunicação de massa, o que nos leva ao segundo ponto.

2 - A "elite brasileira" (formada por 150 pesquisados) não é qualificada para julgar o trabalho da mídia por estar alienada de critérios como edição e seleção, entre outos, que compõe a base do jornalismo, função que busca, porém jamais encontra a imparcialidade total dos fatos.

3 - A crença nos meios de comunicação, de acordo com a própria pesquisa, está relacionada diretamente ao grau de subdesenvolvimento dos países, uma vez que acima do Brasil na terceira colocação, estão apenas o México (66%) e a Índia (65%), ambos países em desenvolvimento.

4 - Estar acima de empresas, ONGs, instituições religiosas e governo, no entendimento de alguns poucos, não é nenhum mérito já que, a comparação envolve apenas entidades que possuem falhas inerentes às suas composições.

5 - A empresa de Relações Públicas que realizou a pesquisa, chamada Edelman, existe não só com o propósito do lucro, mas também para criar uma situação favorável ao investimento e a propagação de marcas. Segundo seu site: "Sim, Relações Públicas é a maneira mais inteligente e eficaz de construir uma marca. E com a ajuda dela que a sua marca ganhará a projeção e a credibilidade que merece."

Poderíamos continuar apontando outros inúmeros aspectos sobre a deformação da informação em pesquisas como esta, mas o fato é que isto é apenas um exemplo do que acontece rotineiramente em empresas de comunicação para que os leitores deste site desenvolvam um pensamento crítico sobre o que lêem ou assistem na mídia.

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