Quem vai no buteco segunda, não tem cuidado com sua rima

...ou: "Tributo ao Bar do Japa"

Precisava aproveitar o máximo sua folga. Era a única desta semana e para quem trabalha na noite, o descanso é sempre na segunda. João começou cedo. Saiu de casa às duas da tarde e parou no logo na esquina. Pediu o de sempre. Tomou de um só gole e continuo descendo rumo ao centro. Depois de inúmeras pausas e garrafas entornadas, encontrou o bar mais "movimentado" da cidade. Empolgado, ele conversava com todo mundo e bebia sem parar. Entre malabarismos etílicos e nauseas esfarrapadas, até subiu na mesa para impressionar a garota da hora. Ensaiou algumas palavras "brabas", mas o plástico rachou. Terminou de cara no chão com o vasilhame enterrado em seu pulmão.
Para ler ouvindo: "Cachaça Mecânica" - Erasmo Carlos

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